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2 de fevereiro de 2009

Participantes do FSM recebem orientação de 1,5 mil voluntários




Participantes do FSM recebem orientação de 1,5 mil voluntários

30/01/2009

Belém — A paraense Gabriela Fernandes, de 18 anos, ainda sonha em ser estudante universitária, mas já conhece a Universidade Federal do Pará (UFPA) com detalhes. Ela é voluntária do Fórum Social Mundial, que ocorre em Belém, na UFPA e na Federal Rural da Amazônia, a Ufra, até domingo, dia 1º. Foram 1,5 mil pessoas capacitadas para receber e orientar, nas universidades, hotéis e pela cidade de Belém, os 93 mil inscritos no fórum.

Luciano Meireles, estudante do curso de direito da UFPA, trabalha como voluntário no fórum (Foto: Maria Clara Machado)

Luciano Meireles, estudante do curso de direi...
“Eu queria conhecer novas pessoas”, justifica a estudante a opção de trabalhar de graça. Mas lamenta a impaciência dos participantes. “Muitos reclamam que não sabemos orientá-los”, desabafa. A grande extensão das universidades e a pouca sinalização, somadas ao calor intenso e úmido da capital paraense, deixam os participantes, sempre apressados, sem ânimo para procurar o espaço de debates de seu interesse com calma. “A gente também não sabe de tudo”, provoca. É que cada voluntário tem uma tarefa específica, nem sempre a de indicar os endereços dentro dos campi. Há os que pesquisam sobre o perfil dos participantes, os que ajudam a organizar as tendas e os que ficam espalhados pela cidade para dar dicas turísticas, além daqueles que efetivamente devem dar informações sobre as localidades dos eventos, vestidos de verde, nas ruas e prédios da UFPA e da Ufra.

O estudante de direito da UFPA, Luciano Meireles, também voluntário, acha que as reclamações são normais e acredita que muitos voluntários não estão familiarizados com os campi porque não estudam nas federais. Apesar das dificuldades do trabalho, Luciano está animado. “Vou ganhar horas extras no currículo e queria muito conhecer como é o Fórum Social Mundial”, conta.

Para ele, o calor ou a chuva das tardes de Belém não incomodam. Em menos de meia hora, atende a seis pessoas, sempre de bom humor, e aceita atravessar mais uma vez – foram cinco desde que chegou ao campus – para ajudar um participante menos orientado.

O trabalho dos voluntários é dividido em três turnos de quatro horas cada um, a partir das 8h da manhã até as 20h. Luciano trabalha de manhã. Está de férias e aproveitando para aprender um pouco de inglês com os inscritos no fórum. Gabriela trabalha pela tarde e está em fase de estudos para o vestibular da UFPA, que vai ser domingo, dia 1º. Faz cursinho à noite e acorda às 4h da manhã para dar tempo de estudar. “O trabalho é cansativo, mas eu, com certeza, seria voluntária de novo”, diz.

Maria Clara Machado

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu achei a foto muito legal,e acho que as pessoas deveriam lutar pelo o nosso planeta.

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